Câmara Municipal de Rondonópolis

Brasão

Câmara Municipal de Rondonópolis - Poder Legislativo


quinta, 17 de novembro de 2022

Eleroo/CMR


Foi lançada na quarta-feira (16) a campanha da Escola do Legislativo em parceria com o Centro de Reabilitação Louis Braille de Rondonópolis “Pessoa com Baixa Visão e Bengala Verde”. A parceria conta com uma série de palestras com especialistas e depoimentos de pessoas com deficiência visual. “O lançamento da campanha foi pensado para mostrar a necessidade de lutas e de participação da sociedade na defesa dos direitos das pessoas com deficiência”, afirma o diretor da Escola do Legislativo, Carlos Alberto.

O objetivo da campanha é identificar a pessoa como baixa visão e evitar que ela seja confundida com uma pessoa cega ou até mesmo com alguém que finge ser cego. Não são raros os casos de agressões contra pessoas com baixa visão que estão com bengala e usam o celular num ônibus ou num restaurante, ou ainda contra aqueles que usam a bengala apenas à noite, porque só precisam dela neste período devido à redução da luz natural. “É esta diferença que queremos mostrar e, com isso, garantir maior segurança, qualidade de vida e respeito”, explica o presidente da Escola do Legislativo Cláudio da Farmácia – MDB.

O foco da campanha está na pessoa com baixa visão. “A campanha pretende criar uma noção de pertencimento porque as pessoas com baixa visão estão no limite entre ver e não ver, e a cultura reforçou a cegueira, criando uma invisibilidade à pessoa com baixa visão. Além disso, a campanha quer trabalhar a aceitação da bengala. A pessoa com baixa visão não se identifica com a bengala branca porque ela é símbolo da cegueira, e tem relatos de pessoas que passaram a aceitar a bengala verde porque sentiram que há um instrumento para elas, explica Batista da Coder – SD, autor da Lei 11.632 de 25 /08/2021,

A bengala verde

A bengala verde foi criada em 1996 na Argentina, pela professora uruguaia Perla Mayo. Ela constatou que seus alunos com baixa visão eram tratados como pessoas cegas e, por isso, perdiam o pouco da visão que detinham. Além disso, percebeu que eles evitavam usar a bengala branca porque não queriam ser tratados como pessoas cegas, e então passou a pintar as bengalas de verde.